Meu filho vai pra escola! E agora?
- Adelar Dias Junior
- 27 de set. de 2016
- 3 min de leitura

A decisão de colocar o filho na escola deve resultar de atitude pensada, consciente e segura.
Mercado de trabalho cada vez mais competitivo e exigente, absorvendo a mão de obra tanto do pai quanto da mãe. E as crianças?
Nessa hora entra em cena a escola, mas quando a criança ainda é nova sempre surge a dúvida sobre o que é melhor, e até mesmo o sentimento de culpa da mãe, como se estivesse “abandonando” o filho à própria sorte. Calma, não é bem assim, ou melhor não é nada assim.
De fato a pré-escola é uma etapa extremamente importante na vida da criança, já que é a primeira ruptura com os pais e ao entrar na pré-escola, a criança vive um momento delicado, pois tem que aprender, de uma só vez, a afastar-se do convívio familiar e a criar novas relações afetivas. Ela se pergunta: "Por que tenho que vir para cá?" "A professora vai cuidar de mim?" "E se minha mãe não voltar?" Os pais também sentem. "Será que meu filho vai ficar bem?"
Se estes são os grandes questionamentos, temos boas notícias. Esse período pode se tornar de grande ajuda para a vida da criança. Estar num ambiente com outros adultos e crianças funciona como alavanca ao aprendizado - e isso repercute ao longo do restante da vida escolar, social e posteriormente profissional. O que os especialistas já sabem - e estudos confirmam - é que o cenário mais favorável ao desenvolvimento pleno das crianças combina dois fatores de pesos semelhantes: um ambiente familiar rico em estímulos e uma boa escola.
Brincado e aprendendo

Outro ponto bastante questionado pelas mães é que as crianças de pouca idade vão “só para brincar”. Mas o que realmente é brincadeira e o que isso representa no desenvolvimento da criança.
Segundo Magda Cristina Coelho Araújo (foto), da Escola Primeiros Passos, precisamos levar em consideração que para ser alfabetizada, uma criança precisa antes de tudo ter uma auto-estima elevada, precisa estar bem emocionalmente, ter segurança e auto-confiança, para poder enfrentar as dificuldades que o processo de alfabetização irão lhe impor. Esses pontos fundamentais para o desenvolvimento da criança depende de muitos fatores e seja qual for o seu temperamento, ela deve saber se comportar em grupo, respeitar as pessoas, saber quais são seus limites, ter disciplina, estabelecer boa comunicação, ir aos poucos adquirindo independência e responsabilidade. Magda ressalta que a criança deve apresentar um bom desenvolvimento motor e dominância lateral definida. Para isso ela deve brincar muito, exercitar-se através de jogos e brincadeiras que estimulem as percepções sensoriais (gustativa, olfativa, visual, tátil e auditiva).

Também importante é o desenvolvimento da coordenação motora fina. A criança se desenvolve nesse sentido quando desenha ou pinta com todos os tipos de lápis, pincéis, quando usa tesouras ou quando pinta com os próprios dedos. Quando rasga, amassa ou pica papéis, quando brinca com jogos de encaixar e montar, enfim, são atividades que limitam-se mais ao uso das mãos, associadas ao raciocínio, à percepção sensorial e à concentração.
Em outras palavras, a entrada da criança na pré escola pode ser um diferencial no futuro dela, como mostra uma pesquisa americana:aos 1 2 anos, os estudantes que haviam frequentado a pré-escola apresentavam vocabulário mais rico do que o restante da turma. Mas sem esquecer que os melhores resultados escolares se dão quando a família é parte ativa na educação.
Outro ponto importante é que as boas escolas tem vagas limitadas, portanto é sempre bom ficar atentos ao período de matrículas.
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