Caos e pânico no Espírito Santo
- Adelar Dias junior - Foto: Divulgação SESP
- 6 de fev. de 2017
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Com a Polícia Militar aquartelada e as ruas sem segurança, a Grande Vitória entra em pânico
É fato que os servidores públicos do Espírito Santo sofrem com a política de austeridade implantada pelo governador Paulo Hartung, que mantém os salários sem qualquer reposição há pelo menos três anos e com reajustes inferior mesmo a inflação há muita mais tempo, contrariando a própria Constituição Federal, que garante pelo menos a reposição da inflação a todos os trabalhadores.
A Polícia Militar também não escapou dessa política, com o agravante de além do baixo salário (o pior do país, segundo o movimento) ainda enfrentarem o sucateamento dos equipamentos vitais para a própria segurança. Para se ter uma ideia, até os coletes antibalísticos precisam ser revesados pelos policiais, que assim arriscam ainda mais a própria vida no enfrentamento da bandidagem para defender a sociedade. Indiferente a tudo e a todos, no entanto, o governo mantém sua política e não prevê nenhum investimento extra na segurança pública, mantendo para 2017 o mesmo já insuficiente orçamento de 2016, frustrando qualquer expectativa de melhora para os polícias.
O resultado desse quadro catastrófico imposto pelo governo é o que estamos presenciando desde sábado no Estado e principalmente na Grande Vitória. Os familiares dos Policiais, massacrados pela situação deflagaram o movimento que fechou as portas dos quarteis, impedindo as saída das viaturas e policias.
Sem polícia nas ruas a bandidagem está fazendo a festa, com arrastões, roubos, acertos de contas e muito mais, aumentando a já alta insegurança da população. Os criminoso continuam as ações, aterrorizando a população, que tenta se defender como pode.
Boatos
Neste período de incertezas, as redes sociais acabam provocando outro agravante para a população, os fatos são repassados em quase tempo real, nos compartilhamentos, no entanto, além do que é real, acaba circulando um grande número de boatos, e fica difícil separar o real do falso, potencializando a insegurança. Os milhares de áudios, vídeos e relatos falsos entopem as redes provocando ainda mais pânico na população. É bom saber que divulgar essas falsas ocorrências, além de causar transtornos é crime e pode ter punição.
Apoio
O Secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social do Espírito Santo, André Garcia, divulgou vídeo em que relata as medidas tomadas pelo Governo, entre elas o ajuizamento de uma ação pedindo a decretação da ilegalidade. Garcia também declarou que não haverá negociação com o movimento enquanto impedir a saída dos policias.
A população, que é a parte mais atingida pelo movimento, no entanto, reconhece a legitimidade da pauta reivindicatória do familiares e amigos dos policiais. Entidades classistas também expressaram apoio ao movimento, como o Sindipúblicos que divulgou em seu site uma Nota de Apoio, “A busca por melhores condições de trabalho, reajuste linear, pagamento do auxílio-alimentação, periculosidade e insalubridade é mais que legítima”, afiram a nota e completa, “esperamos que o Governo do Estado reconheça a importância dos profissionais da segurança pública e demais servidores que atuam diariamente em prol da sociedade capixaba.
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