André Garcia na mira da degola
- Adelar Dias Junior
- 7 de fev. de 2017
- 2 min de leitura
Após mostrar toda sua incompetência na gestão da crise provocada pelo movimento dos familiares de policiais militares e pintar de sangue as ruas das cidades capixabas, com suas escolhas equivocadas, cresce o coro pedindo a saída do Secretário de Segurança, André Garcia.
Os efeitos de suas decisões ainda serão sentidas por muito tempo, pois jogou lama na instituição que está na frente de defesa das comunidades. Já no sábado, primeiro dia da paralisação, o secretário resolveu trocar o comando da PM e endurecer o diálogo, caminho que resultou nesse mar de sangue e caos total pelo qual os capixabas passam, além de obrigar o Estado a pedir ajuda da Guarda Nacional e do Exército.
Chamar o movimento de “palhaçada”, diante da seriedade das circunstância foi outro grande erro cometido por Garcia que ainda tenta colocar a culpa do desgoverno em uma instituição que sempre teve papel fundamental para o próprio governo. E a lista de equívocos não para de crescer, numa tentativa de desqualificar um reivindicação séria ainda inflama a população contra o movimento que é legítimo. São ações que podem custar muito caro para o secretário.
Outro efeito que o desenrolar catastrófico dos acontecimentos vai direto para a conta do governador. A falta de competência na solução do conflito colocou o Estado nas manchetes dos jornais do mundo inteiro e está manchando aquela imagem que o governador Paulo Hartung quer passar, de que o Espírito Santo é um exemplo de gestão a ser copiado pelo resto da união. Com isso as pretensões do governador de alçar voos mais altos na política nacional, usando sua capacidade administrativa, tendo como pano de fundo sua gestão no estado fica comprometida.
O que está acontecendo no Espírito Santo poderia ter sido evitado e diante de tudo isso é pouco provável que André Garcia, que nunca foi uma unanimidade dentro do governo, permaneça no cargo. Sua saída certamente vai ser festejada por muitos.
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