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Falta acordo e sobra panela

  • Adelar Dias Junior
  • 10 de fev. de 2017
  • 2 min de leitura

Um fiasco! Assim podemos chamar a “negociação” que o governo disse que fez com o representantes dos PMs. Após uma cansativa reunião, foram 12 horas, carregada de muita tensão deixaram o Palácio da Fonte Grande, por volta das duas horas da madrugada desta sexta (10), inconformadas com a intransigência do governo. Algumas choravam, lamentando o fracasso das negociações.


O governo de Paulo Hartung demonstra mais uma vez que com ele não tem conversa, a comissão na reaqlidade não foi negociar, mas impor um “acordo” já levado pronto pelo governo, que previa, como condição principal, que os policiais voltassem às ruas às seis horas desta sexta-feira, o que não ocorreu em razão do impasse nas negociações. A tática usa pelo governo foi a de sempre, tentou vencer as mulheres, já esgotadas, pela pressão e pelo cansaço. A negociação foi mais uma encenação. O acordo imposto ao movimento, além da volta imediata dos policiais às ruas, previa que os eventuais crimes praticados por policiais seriam devidamente apurados.


Enquanto as mulheres tinham a expectativa de sair do Palácio da Fonte Grande com uma solução negociada para o impasse, o governador Paulo Hartung (PMDB), era entrevistado pela jornalista Míriam Leitão na Globo News. Na Grande Vitória, no horário da entrevista, houve um panelaço da população em diversos bairros.


Na entrevista o governador adotava uma narrativa nada conciliadora em relação à paralisação da PM. Hartung, como dissera na entrevista coletiva que fez na quarta (8), voltou a chamar os policiais de chantagista. “Eles estão sequestrando o direito da população e pedindo resgate”. Confirmando o teor do acordo proposto às mulheres, Hartung adiantou que não podia conceder reajuste ou reposições porque romperia a LRF.


Mais claro impossível. O tom da entrevista deixou claro que o governo não estava disposto a negociar com as mulheres. A reunião foi uma tentativa de desmobilizar o movimento na pressão, mas a partir da coletiva, quando Paulo Hartung, mesmo licenciado, decidiu assumir a condução da crise e passou a determinar a estratégia do governo, ficou claro que o governador não estava disposto a ceder nas negociações.

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