Coluna tamborete de Boteco: A cartada final de Paulo Hartug

Não há com saber o que é limite para o governo Paulo Hartung. Quando pensamos que enfim o bom senso retornaria, bastou sentir-se um pouco mais confortável para atacar de novo. Ainda ontem foi anunciada mais uma proposta apresentada pelo movimento das mulheres e amigos dos PMs, onde abriram mão do reajuste salarial e focaram apenas naquilo que já seria obrigação do Estado, que é o pagamento de escalas-extras, auxílio-alimentação e reajuste no auxílio-farda. Diante da proporção que atingiu o movimento e o custo para a manutenção das forças federais, a expectativa era de um acordo. No entanto, contrariando essa expectativa o governador Paulo Hartung, por intermédio do seu secretário de Segurança, André Garcia, anunciou o contrário. Além de rejeitar a proposta, que também reivindicava anistia de policiais sujeitos a punições disciplinares e criminais por envolvimento no movimento, o governo ainda endureceu o jogo e anunciou as demissões de 161 policiais, publicadas no Diário Oficial desta terça-feira (14). Com isso fica claro que quem nunca pretendeu o diálogo foi o governo e bastou sentir que o movimento perdia força para mostrar seu poder. É Paulo Hartung se mostrando como Paulo Hartung e fazendo jus ao seu apelido de "imperador", mas da pior maneira possível, perdeu uma grande oportunidade de curar alguns arranhões que o impasse provocou.

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