Insistência do governo em passar segurança coloca em risco população e turistas
- Adelar Dias Junior
- 16 de fev. de 2017
- 2 min de leitura
Desde a noite do dia 3, que a manifestação das mulheres dos PMs bloqueia a saída de quarteis, o que já levou a Força Nacional e as Forças Armadas ao estado, para cumprirem o papel da Polícia Militar aquartelada. É claro que essa intervenção trouxe alguma segurança, mas ainda longe de se passar por normal.
A insistência do governo Paulo Hartung em não dialogar nem negociar de forma alguma, junto com as manobras patéticas para desbaratar o movimento, está provocando a arrastamento da crise e um desgaste incomensurável para o próprio governo, que agora tem suas falhas expostas nacionalmente, como visto no artigo do jornalista Élio Gaspari no jornal Folha de São Paulo, onde ele afiram que “O prometido paraíso fiscal levou o Espírito Santo a viver dias de inferno social”. O colunista ainda analisa as decisões do governador para sair da crise, “Enfrentando o motim da PM, o governo de Hartung seguiu um modelo comum aos governadores que esticam a corda e, quando despertam, pedem socorro às Forças Armadas”.
O grande problema é que as Forças Armadas são apenas uma solução paliativa, e passado tempo de sua permanência na função da PM, o que vai ficar para os capixabas será apenas uma polícia machucada e desmoralizada, comandada por um Coronel desgastado perante seus comandados e um Secretário sem a menos condição moral de se impor perante a corporação, fruto das ações de um governador extremamente autoritário que não aceita opiniões contrárias ao seu projeto pessoal.
A badalada segurança, colocada pela grande mídia, é falsa e perigosa, pois por mais que os saldados do exército se esforcem, não conseguirão proporcionar a mesma proteção que PM, com seu conhecimento do modus operandis do crime capixaba e rotina de trabalho consegue dar à população. Então achar que a segurança está de volta é uma ilusão que ainda pode, e vai, custar mais vidas.
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